A recolecção é um retiro espiritual de curta duração. Um brevíssimo tempo de afastamento das ocupações habituais, para pensar em como se vive diariamente a fé na família, no trabalho e na relação com os outros.
Cada recolecção inclui duas pregações do sacerdote, antecedidas de uma breve leitura espiritual e completadas por um exame de consciência (nalguns casos, há Santa Missa no final*).
Dia do mês (novembro) | Dia da semana habitual | Hora começo | Hora fim |
10 | 2º Domingo | 16:30 | 18:00 |
12 | 2ª Terça-feira | 18:15 | 19:45 (Missa no final) |
13 | 2ª Quarta-feira | 10:30 | 12:00 |
16 | 3º Sábado | 10:30 | 12:00 |
*atenção à data.
Datas de dezembro: 10, 11, 14 e 15.
Dia do mês (novembro) | Dia da semana habitual | Hora começo | Hora fim |
10 | 2º Domingo | 10:00 | 12:00 |
14 | 2ª Quinta-feira | 18:30 | 19:45 (Missa no final) |
*atenção à data.
Datas de dezembro: 12 e 15.
Recolecção para homens também no Colégio Planalto, habitualmente na segunda quarta-feira do mês, entre as 21h30 e 23h15. Próxima no dia 13 de novembro.
Os evangelistas descrevem repetidamente como o Senhor se retirava com os Apóstolos para ficar a sós com eles (cf. Jo 6, 1-3; Mc 6, 31-32), facilitando-lhes essa «bendita solidão que tanta falta te faz para teres em andamento a vida interior» (São Josemaria, Caminho, n. 304). Eram momentos em que Jesus os convidava a partilhar a sua vida íntima: a graça de um encontro mais autêntico e real com Ele, que mais tarde os ajudaria a mantê-l’O presente no meio do trabalho e das tarefas quotidianas. Queria formá-los para que cada um pudesse desenvolver a própria personalidade – através das virtudes humanas e sobrenaturais – e viver a liberdade sem enganos. Dava-lhes aquela maior proximidade para os encorajar a serem melhores e a não desanimarem pelas experiências da sua própria fragilidade e pelas dificuldades do ambiente.
Por isso, o retiro espiritual é uma prática recomendada pela Igreja para alimentar a vida cristã e alcançar a graça da conversão do coração (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1435 e 1438; Apostolicam actuositatem, n. 32). Trata-se de uma oportunidade de passar mais tempo em oração com Jesus. Tempo para falar calmamente com Ele, estar sob o Seu olhar, crescer na amizade, fazer-Lhe perguntas e deixar-se questionar; para renovar propósitos, recuperar forças, recomeçar e sair cheio de alegria e otimismo.
São Josemaria sabia bem, desde o início da obra de São Rafael, que a única coisa realmente importante era ajudar os jovens a basear a sua vida na relação pessoal com Jesus Cristo, e dizia a cada um: «Que procures Cristo. Que encontres Cristo. Que ames Cristo» (São Josemaria, Carta 24/10/1942, n. 12). As recoleções mensais levam a esse fim imediato. Portanto, ao tratar os jovens que se aproximam da Obra, é-lhes apresentado o ideal de seguir Jesus Cristo e de serem apóstolos no meio do mundo, convidando-os a participar em meios de formação que os ajudem a ser bons cristãos.
Para facilitar um verdadeiro encontro com Jesus Cristo de cada um dos participantes, procura-se promover um clima de recolhimento, silêncio e reflexão durante essas horas de recoleção. Também que o horário e o ambiente convidem à verdadeira oração: serena, sem pressa, com momentos para meditação pessoal, evitando que esse breve retiro se transforme num ato de piedade após outro. Tudo deve colaborar para contemplar os mistérios de Deus, para entrar na vida de Jesus, para iluminar a nossa fé com a Sua luz, e assim aumentá-la ou adquiri-la se não a tivermos. Daí surgirá a necessidade de fazer exame, de reparar e de recomeçar.
Dependendo das circunstâncias, incluem-se as meditações ou palestras mais adequadas. Outras atividades comuns podem ser o exame de consciência, a Bênção com o Santíssimo Sacramento ou a Santa Missa. Também se pode incluir a oração da Via Sacra ou do Terço ou um momento de leitura espiritual. Nem todas estas práticas de piedade se realizam, apenas algumas são selecionadas, e o ideal é propor aquelas que pareçam mais adequadas de acordo com os participantes e as circunstâncias. Além disso, o sacerdote está à disposição caso alguém se queira confessar ou aproveitar para ter uma conversa. Como se pode ver, não existe uma fórmula fixa e as abordagens são, de facto, diversas e flexíveis.
A recoleção é enriquecedora porque facilita a alegria, porque ajuda cada pessoa a tomar livremente as rédeas da sua vida espiritual, porque nos ajuda a aproximar-nos de Deus. Quando os participantes apreciam o bem que a recoleção mensal lhes faz, é natural que pensem em partilhar esta oportunidade com alguns dos seus amigos.
A Sagrada Escritura diz que as delícias do Senhor são «estar com os filhos dos homens» (Pv 8, 31). No retiro, vamos com o coração e a imaginação junto ao sacrário, para fazer companhia a Jesus. E nesses momentos será mais fácil tratá-l’O na Eucaristia, agradecer-Lhe, apresentar-Lhe as nossas intenções..., com uma conversa sincera, piedosa e íntima. São Josemaria escreveu: «conta a Jesus, realmente presente no Sacrário, as preocupações do dia. – E terás luzes e ânimo para a tua vida de cristão» (São Josemaria, Caminho, n. 554).